- TJMG: Paciente será indenizada por erro em alta hospitalar
- Médico é condenado a indenizar paciente que teve cicatrizes após cirurgia plástica
- Poder público deve custear tratamento Home Care para adolescente com paralisia cerebral
- TJMG: Unimed terá que cobrir cirurgia de idosa
- Hospital é condenado a indenizar por falha que resultou em morte de paciente
- Plano deve custear cirurgias reparadoras para paciente diagnosticada com obesidade
- TJES: Paciente submetida a implante de silicone com material impróprio deve ser indenizada
- TJSP mantém decisão que obriga estado a custear tratamento e transporte para paciente
- Plano de saúde pagará danos morais a paciente com câncer por recusa indevida de cobertura
- TJSP nega pedido de suspensão de contrato de hospital para compra de máscaras
TJES: Hospital e médica indenizarão paciente por infecção hospitalar após parto
A Juíza da 3ª Vara Cível de Vila Velha, Marília Pereira de Abreu Bastos, condenou solidariamente uma médica e um hospital da cidade a pagarem indenização de R$ 15 mil a uma mulher que supostamente adquiriu uma infecção durante o parto e não teria recebido o tratamento devido ao retornar ao hospital, sofrendo de fortes dores.
De acordo com a autora da ação, ela deu entrada no hospital para realizar o parto de sua filha, por meio de uma cesariana. Segundo ela, após o efeito da anestesia sentiu fortes dores no corpo, principalmente na região abdominal, tendo recebido alta mesmo contra a sua vontade.
Uma semana depois, diante do quadro de dores que só aumentava, a paciente se dirigiu ao hospital, onde foi examinada por uma médica e orientada a retornar para sua casa. Retornou ao hospital outras vezes e, numa dessas, foi atendida por outra médica, que solicitou alguns exames, quando foi constatada a infecção hospitalar decorrente da cesariana. A autora foi internada e posteriormente encaminhada ao centro cirúrgico, sendo-lhe retirada uma Trompa de Falópio, ocasião em que necessitou de internação na UTI, tendo que ficar longe de sua filha recém-nascida.
Apesar de a médica ter afirmado que o procedimento foi realizado com “perícia e apurada técnica, não sendo responsável pela infecção que atingiu a requerente”, a juíza da ação entendeu que a demora no diagnóstico piorou e agravou a referida infecção.
Para a magistrada, está comprovada a relação de consumo entre as partes envolvidas no processo e, ainda, a falha na prestação do serviço: “Portanto, houve falha na prestação do serviço pela parte requerida, considerando a demora do procedimento como um todo, prolongando o sofrimento da autora, tanto pelas dores físicas, quanto pelo abalo psicológico por ter de se separar de seu bebê recém-nascido, que, como de notório conhecimento, necessita vitalmente da mãe”, concluiu a juíza Marília Abreu.
*Informações do TJES