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New England Journal of Medicine: Por que a medicina virou alvo de críticas no Brasil?
Como pode uma profissão tão admirável, que tem como princípio a cura das pessoas se tornar alvo negativo da mídia?! Constantemente nos deparamos com notícias caluniosas, que denigrem e maltratam a imagem do médico. Óbvio que, como em toda profissão existem os bons e os maus profissionais, mas a maioria não pode pagar por este 1% de levianos.
Há uma pressão social incessante em torno do exercício da profissão médica, diariamente são cobrados por um atendimento de excelência, além de serem vistos como profissionais ricos, bem remunerados e que trabalham em condições luxuosas em seus consultórios de arquitetura contemporânea, arejados e com materiais de primeira qualidade, mas essa não é a realidade. O dia a dia do médico é adverso a este deslumbre do qual são caracterizados, a realidade é que seus dias são exaustivos, muitos têm que dormir fora de casa, por dias, para conseguirem uma boa remuneração.
Para a maioria, os locais de trabalho não são exatamente consultórios luxuosos, e sim unidades de saúde superlotadas de pacientes, que muitas vezes não sofrem de uma dificuldade patológica e sim de uma dificuldade social e educativa.
É hipocrisia dizer que o atendimento nas unidades públicas é bom, mas a culpa não deve ser atribuída aos profissionais da saúde, que diversas vezes têm de salvar vidas, curar doenças e evitar sequelas, contando com o dom e a força de vontade, pois materiais e ambiente adequado para um atendimento de excelência virou utopia.
A sociedade precisa diminuir as críticas e passar a conhecer a realidade da classe médica, pois assim, poderá exigir do governo investimentos na saúde, em troca dos altos impostos pagos.
Um artigo sobre o cenário caótico do sistema de saúde brasileiro foi publicado na revista científica, The New England Journal of Medicine, o texto foi escrito em dezembro de 2016 e descreve a atual conjuntura que a saúde vive. “O sistema de saúde brasileiro está a um passo do abismo devido às crises políticas e econômicas. A crise econômica elevou o índice de desemprego e mais de 1,8 milhões de pessoas perderam seus planos de saúde nos últimos 18 meses, aumentando assim a carga sobre um sistema de saúde público que já estava à beira do fracasso”.
Médico é humano, também erra, mas o maior erro, é o que está debaixo do nosso nariz, a negligência por parte do governo, esse descaso com a saúde publica pode ter consequências irreversíveis.
“De todas as formas de desigualdade, a injustiça nos cuidados de saúde é a mais chocante e mais desumana.” – Martin Luther King, Jr.
Para ler o artigo da revista The New England Journal of Medicine, acesse.
*Informações do Sinmed-MS