- TJMG: Paciente será indenizada por erro em alta hospitalar
- Médico é condenado a indenizar paciente que teve cicatrizes após cirurgia plástica
- Poder público deve custear tratamento Home Care para adolescente com paralisia cerebral
- TJMG: Unimed terá que cobrir cirurgia de idosa
- Hospital é condenado a indenizar por falha que resultou em morte de paciente
- Plano deve custear cirurgias reparadoras para paciente diagnosticada com obesidade
- TJES: Paciente submetida a implante de silicone com material impróprio deve ser indenizada
- TJSP mantém decisão que obriga estado a custear tratamento e transporte para paciente
- Plano de saúde pagará danos morais a paciente com câncer por recusa indevida de cobertura
- TJSP nega pedido de suspensão de contrato de hospital para compra de máscaras
MPF quer condenação de réus da operação Sanguessuga
O Ministério Público Federal no Amapá (MPF/AP) quer a condenação de três envolvidos no esquema de compra de ambulâncias superfaturadas em Macapá (AP). O pedido foi feito à Justiça Federal do Amapá em 27 de março, nas alegações finais de processo judicial em andamento. Entre os acusados de improbidade administrativa, está o ex-prefeito de Macapá e atual secretário de Estado da infraestrutura João Henrique Rodrigues Pimentel.
Pimentel teria participado do esquema de manipulação de licitações durante sua gestão como prefeito. O objetivo era garantir a contratação da empresa Planam com valores superfaturados para aquisição de unidades móveis de saúde. Além de descumprir a legislação dos procedimentos licitatórios, o esquema gerou prejuízo aos cofres públicos.
A compra dos veículos ocorreu em 2005 e as irregularidades foram descobertas durante as investigações da operação Sanguessuga, deflagrada pela Polícia Federal em 2006. Para o MPF/AP, a fraude foi comprovada de forma clara nas investigações que deram origem a ação judicial. “Os réus tinham controle sobre as licitações, homologaram e opinaram favoravelmente pela sua continuidade, garantindo que os ilícitos fossem praticados”, diz trecho do documento enviado à Justiça Federal pelo MPF.
Também são réus no processo o então secretário de finanças municipal Carlos Alberto Nery Matias e Francisco Antônio Mendes, à época procurador municipal de Macapá. Conforme as investigações, Carlos Alberto empenhou e autorizou pagamentos superfaturados, assim como permitiu pagamentos sem a celebração de contrato. Já Mendes emitiu pareceres favoráveis, mesmo com todas as irregularidades na contratação.
Penas – A ação judicial em andamento busca a condenação dos envolvidos por improbidade administrativa. Conforme legislação (Lei 8.429/1992), se julgados culpados, os réus poderão ser condenados, dentre outras sanções, ao ressarcimento integral do prejuízo ocasionado ao erário, a suspensão dos direitos políticos e ao pagamento de multa.
Operação Sanguessuga – Deflagrada pela Polícia Federal em 2006, a operação investigou fraudes em licitações de diversos municípios brasileiros. Os envolvidos simulavam a licitação para adquirir ambulâncias superfaturadas. Foi constatado o envolvimento de parlamentares federais, prefeitos, empresários e servidores públicos. As investigações começaram em Brasília e depois foram desmembradas visando a apuração setorizada dos envolvidos, especialmente prefeitos e membros das comissões de licitações das Prefeituras Municipais.
*Informações do Ministério Público Federal no Amapá